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Série de Eventos Série de Eventos: Coimbra no tempo de Camões

Coimbra no tempo de Camões (II)

A ALTA de COIMBRA

maio 3 | 14:30 17:00


Numa tarde de primavera, sob um céu que alternava entre azuis claros e o cinza das nuvens passageiras, Luís de Camões retornava a Coimbra, agora como um fantasma de sua própria lenda. A cidade, repleta de ecos e memórias, chamava-o para uma jornada pelas ruas que moldaram seu espírito e inspiraram sua poesia.

Às 15:30, o poeta se encontrava na histórica Porta da Barbacã. Diante dele, uma bela janela renascentista capturava o olhar, com seus detalhes finamente esculpidos que falavam das habilidades dos artesãos de outrora. Ao lado da janela, a imagem sacra de uma Virgem com o Menino, esculpida em pedra, parecia abençoar todos aqueles que passavam por aquele portal antigo. Camões, com um sorriso leve, tocou a pedra fria, sentindo a conexão com tempos que só ele lembrava.

Caminhando pela Rua Sub Ripas, o poeta se dirigiu ao Paço de Sub-Ripas, uma construção robusta e imponente que se erguia como um testemunho do poder e da história da cidade. O silêncio do lugar era quase palpável, como se as paredes esperassem para sussurrar segredos daqueles que ali viveram. Camões, perdido em pensamentos, imaginava os banquetes e as conversações que animaram aqueles salões, ecoando agora apenas na sua memória.

O próximo destino era a Sé Velha de Coimbra, uma estrutura que dominava a paisagem com sua imponência gótica. Ao entrar, o poeta foi tomado pela majestade do lugar. Seus olhos logo encontraram o brasão do Bispo Jorge de Almeida, o grande mecenas das artes que havia encomendado muitas das obras que agora adornavam a catedral. Camões reverenciou a memória do bispo, ciente do papel crucial que tais patronos desempenharam no florescimento cultural do Renascimento português.

Caminhões caminhava lentamente, cada passo ressoando contra o chão de pedra, cada sombra uma tapeçaria de luz e escuridão. Ele parava frequentemente, tocando as colunas, os retábulos, inspirando-se na solenidade do ambiente que tanto contrastava com o burburinho das ruas lá fora. Ao sair da Sé, uma última olhada para trás selava o encontro do poeta com a sua história, um laço eterno entre o criador e sua musa, entre o homem e sua cidade.

E assim, Camões continuou a perambular por Coimbra, um espectro entre os vivos, uma presença entre as sombras, tecendo novamente as palavras que Coimbra sempre inspirou em sua alma de poeta.


7€ Receita integralmente recebida pela empresa Portugal Notável

Ver site do Organizador

Rua Ferreira Borges – Porta da Barbacã
COimbra, Portugal
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