A cidadania da língua é o reconhecimento da língua como um dos constituintes fundamentais da identidade dos indivíduos e grupos, além de determinante na participação e inclusão social.
Refere-se não apenas à habilidade de se comunicar efetivamente em uma língua comum compartilhada por uma comunidade de países ou pessoas, mas também a necessidade de reconhecer a diversidade de tons, acentos e histórias. A língua é um amalgama sócio-cultural e de afetos. A cidadania da língua é uma categoria que vem sendo utilizada no sentido de pertença e identidade para além dos territórios e fronteiras legais.
Ao conceder uma autorização de residência com duração de um ano, Portugal oferece aos imigrantes da CPLP a oportunidade de viverem e trabalharem legalmente no país. Além disso, essa medida também permite que os imigrantes tenham acesso a serviços básicos, como saúde e educação, e possam se beneficiar dos direitos e deveres de um cidadão português durante o período em que estiverem no país. Isso contribui para uma maior inclusão social e económica desses imigrantes, que muitas vezes deixam seus países de origem em busca de melhores condições de vida. A atribuição de autorização de residência por um ano também demonstra o reconhecimento por parte do governo português do valor cultural e linguístico da comunidade lusófona.
A “cidadania da língua” deixou de ser apenas uma ideia e passa a ser uma realidade para todos quando Portugal decide atribuir aos imigrantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que estão no país uma autorização de residência com duração de um ano. Essa iniciativa do governo português visa fortalecer os laços entre os países lusófonos e promover a integração dos imigrantes que falam a língua portuguesa.
Ao oferecer essa oportunidade aos imigrantes da CPLP, Portugal reafirma sua posição como um país acolhedor e aberto à diversidade. Essa medida também tem o potencial de impulsionar a economia portuguesa, uma vez que os imigrantes que obtiverem a autorização de residência terão a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento do país, seja através do trabalho, do empreendedorismo ou do investimento. Além disso, a presença desses imigrantes pode trazer novas perspectivas e experiências enriquecedoras para a sociedade portuguesa.