A escritora, poeta e pesquisadora Trudruá Dorrico, do povo Makuxi, encerra a sua residência artística na Casa da Cidadania da Língua, em Coimbra, com uma programação que reflete sobre o papel da literatura na reconstrução da cidadania indígena e na descolonização do pensamento.
No dia 14 de outubro, às 17h, no Pátio da Inquisição, Dorrico apresenta o ensaio “Descolonização do património físico e intelectual”, escrito durante sua estadia em Portugal, seguido do poema autoral “Makuusi morî penaronkon maimu” — cuja tradução é “A língua macuxi é dos antigos”. A leitura faz parte da série Cena Lusófona, que valoriza a diversidade de vozes e expressões da língua portuguesa.
A programação se estende ao mês seguinte, com o lançamento do vídeo-poema no dia 15 de novembro, em formato online, ampliando o alcance da obra e do diálogo entre as culturas indígenas e lusófonas.
Trudruá Dorrico é doutora em Letras pela PUCRS e autora de obras de destaque, como “Eu sou macuxi e outras histórias” (CaoS a Letra, 2019) e “Originárias: uma antologia feminina de literatura indígena” (Companhia das Letras, 2023). Em 2024, venceu o Prêmio Jabuti na categoria Literatura Infantojuvenil e foi curadora convidada da XV Bienal Internacional do Livro do Ceará.
A residência integra o programa da Associação Portugal Brasil 200 Anos em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra, com apoio da Cena Lusófona e dos Hotéis Vila Galé, reforçando a missão da Casa da Cidadania da Língua de promover encontros que repensem o futuro da língua portuguesa a partir de múltiplas perspectivas e ancestralidades.
📍 Casa da Cidadania da Língua – Coimbra
🌐 portugalbrasil200anos.org

