No coração ancestral de Coimbra, a Casa da Cidadania da Língua abre suas portas para a exposição internacional “Flores & Cinzas – Arar Arquivos, Brotar Livros e Aflorar Mundos”. A partir de hoje, 15 de fevereiro de 2025, às 17h30, este espaço torna-se um jardim onde memórias e imagens florescem em harmonia.
A mostra apresenta 25 fotolivros concebidos na quarta edição da Residência ACHO, acompanhados por objetos, fotografias e vídeos que narram histórias entrelaçadas pelo tempo e pela cultura. Este projeto já encantou públicos no Ateliê Casa Campinas, no Brasil, e no Museu Nogueira da Silva, em Braga, e agora encontra morada em Coimbra, onde raízes lusófonas se aprofundam.
Sob a curadoria de Ângela Berlinde (Portugal), Fabiana Bruno (Brasil) e Óscar Guarín Martínez (Colômbia), a Residência ACHO emerge como um programa internacional dedicado à produção editorial que transcende fronteiras. Artistas e pesquisadores mergulharam em vastos acervos fotográficos, como o ACHO-Imagens, com mais de 50 mil registros resgatados em Campinas, e as preciosidades do Museu Nogueira da Silva, em Braga.
No âmago de arquivos adormecidos, Aramos memórias, sementes ao vento. De páginas brotam mundos esquecidos, Em cada imagem, um novo alento.
Flores & Cinzas
Nesta exposição, cada página virada é um convite para arar os campos da memória, semear narrativas e colher mundos que desabrocham diante dos olhos atentos dos visitantes. A Casa da Cidadania da Língua convida todos a participarem desta celebração da imagem e da palavra, onde passado e presente se entrelaçam em um abraço poético.
Aurélia Filipe e José Manuel Diogo
Para José Manuel Diogo, diretor da Casa da Cidadania da Língua, “A exposição ‘Flores & Cinzas’ representa um marco significativo para a Casa da Cidadania da Língua. Este projeto internacional simboliza a essência do nosso espaço: um lugar onde culturas se encontram, memórias são resgatadas e novas narrativas emergem. Estamos honrados em acolher esta mostra que celebra a riqueza e a diversidade da língua portuguesa através da arte e da fotografia.”
O Intrépido Livreiro e Suas Crônicas: Um Olhar Afetuoso Sobre os Livros e a Vida
Por décadas, José Luiz Tahan construiu sua reputação como livreiro em Santos, transformando balcões de livrarias de rua em espaços vibrantes de troca cultural e intelectual. Agora, com seu livro de estreia, “Um Intrépido Livreiro nos Trópicos – Crônicas, Causos e Resmungos”, ele convida os leitores a adentrar o universo singular que habita, onde os livros não são apenas mercadorias, mas companheiros, reflexos e desafios de uma realidade tropical repleta de complexidades.
A Voz do Livreiro
Em um mundo literário cada vez mais mediado por algoritmos e comércio eletrônico, Tahan emerge como uma voz quase nostálgica – mas longe de ser conformista. Ele é o livreiro que narra suas histórias com o olhar afiado de quem observa a vida do outro lado do balcão, revelando a humanidade que habita os gestos mais simples de seus clientes, sejam eles aficionados por livros ou meros transeuntes curiosos. A escrita flui com a naturalidade de uma conversa, alternando momentos de humor, introspecção e, por vezes, melancolia.
Crônicas de Resistência
As crônicas de Tahan celebram as livrarias de rua como espaços de resistência cultural. Ao mesmo tempo em que relatam causos pitorescos – como clientes que confundem a livraria com um ponto de apostas –, elas também se debruçam sobre questões mais profundas: o impacto do fechamento de livrarias físicas, a relação do público com os livros e o papel da literatura em tempos de crise.
No texto que dá título ao livro, por exemplo, Tahan descreve o cotidiano do livreiro como um ofício quase heróico, demandando resiliência em um país onde o ato de ler ainda enfrenta desafios estruturais e sociais. Contudo, sua abordagem evita qualquer traço de amargura. Pelo contrário, ele encontra na prática do livreiro não apenas um meio de subsistência, mas uma missão cultural.
A Tradição da Crônica Brasileira
A escrita de Tahan se insere em uma longa tradição de cronistas brasileiros que transitam entre o humor e a crítica social, evocando ecos de Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade. Contudo, sua peculiaridade reside no ponto de vista: o balcão da livraria como palco de encontros improváveis e de uma humanidade que insiste em se manifestar, mesmo nos gestos mais corriqueiros.
Uma Reflexão Sobre o Futuro
Ao final, “Um Intrépido Livreiro nos Trópicos” não é apenas uma celebração dos livros, mas também uma provocação. Tahan questiona o futuro das livrarias em um mercado literário cada vez mais dominado por gigantes digitais. Sua reflexão, contudo, não carrega pessimismo; é um chamado à ação, um convite para que os leitores redescubram o prazer de entrar em uma livraria de rua, conversar com um livreiro e, quem sabe, encontrar algo que nunca souberam que procuravam.
Um Livro Para Todos Nós
José Luiz Tahan não se contenta em ser apenas um narrador; ele é, também, um anfitrião. Suas histórias nos levam a refletir sobre o papel do livreiro, das livrarias e, sobretudo, dos livros em nossa sociedade. Ao terminar a leitura, não há como não sentir a urgência de visitar uma livraria de rua, como a Realejo Livros, e experimentar em primeira mão o que Tahan tão eloquentemente descreve: a magia do encontro entre leitores, livros e histórias.
“Um Intrépido Livreiro nos Trópicos” é mais do que uma estreia literária; é um manifesto sobre a importância da cultura, do livro e da convivência humana. Uma leitura indispensável para todos que já se perderam – e se encontraram – entre as estantes de uma livraria.
Lançamento do livro “Um Intrépido Livreiro nos trópicos”
Bate-papo seguido de sessão de autógrafos.
José Luiz Tahan entrevistado por João Gabriel de Lima.
Na Casa da Cidadania da Língua a casa de Angola em Coimbra, em parceria com a Associação Portugal Brasil 200 anos e o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, acolhe a nova edição do ciclo de conversas “Cidadãos de Coimbra, Cidadãos do Mundo”, no próximo dia 11 de novembro, às 18h30.
Este evento traz dois convidados de destaque: o arquiteto italiano Francesco Marconi, conhecido pelo seu trabalho no Serviço Ambulatório do Apoio Local (SAAL) em projetos de habitação social, e o artista plástico brasileiro Adolfo Martins, mestre em Estudos Curatoriais e doutorando em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra.
O encontro pretende fomentar a reflexão sobre as intersecções entre cidadania, arte e arquitetura, destacando as contribuições de Coimbra no panorama global e aproximando a comunidade local de discursos internacionais.
“O programa Cidadania da Língua visa valorizar Coimbra como um polo de cultura e conhecimento, e este ciclo de conversas é uma oportunidade para refletirmos sobre a cidadania global e a importância do diálogo intercultural,” afirmou José Manuel Diogo, presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos. “A presença de Francesco Marconi e Adolfo Martins traz um olhar plural e contemporâneo sobre questões sociais e culturais que moldam o mundo.”
Os convidados
Francesco Marconi é um arquiteto italiano de renome, com vasta experiência em projetos de habitação social. Participou ativamente no Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL), uma iniciativa pioneira que revolucionou o urbanismo social em Portugal.
Adolfo Martins, natural do Brasil, é artista plástico, curador, crítico de arte e poeta. Atualmente é doutorando em Arte Contemporânea e mestre em Estudos Curatoriais pela Universidade de Coimbra, onde contribui para a pesquisa e prática artística contemporânea.
Este evento é gratuito e está aberto ao público em geral. Convidamos a imprensa e todos os interessados a participarem neste encontro inspirador, que celebra a diversidade e a cidadania global.
Apresentação do Relatório de Atividades do Primeiro Semestre 2024
A associação que programa a Casa da Cidadania da Língua, em Coimbra, destacou que promoveu cerca de 40 eventos no primeiro semestre e almeja crescer em uma casa que “era invisível”, mas que ainda é “objeto de arremesso político”.
A Associação Portugal Brasil 200 Anos (APBRA) apresentou hoje o relatório de atividades do primeiro semestre de programação da Casa da Cidadania da Língua, espaço municipal de Coimbra que antes era denominado Casa da Escrita, cujo processo de mudança de nome e atribuição da responsabilidade curatorial a uma instituição externa foi objeto de crítica por parte da oposição.
Na conferência de imprensa, onde esteve também o presidente da Câmara de Coimbra, o responsável da APBRA, José Manuel Diogo, salientou que o relatório, documento de 86 páginas divulgado aos jornalistas e publicado no ‘site’ da casa, apresenta “com detalhe e rigor” todo o dinheiro gasto no primeiro semestre (cerca de 42 mil euros), sem ter ido “um cêntimo” para a associação que dirige.
Ao longo do primeiro semestre, a Casa da Cidadania da Língua recebeu exposições, palestras, performances, espetáculos e residências literárias, num total de cerca de 40 eventos, num ano que tem como tema de programação os 500 anos do nascimento de Camões.
José Manuel Diogo reconheceu que aquele espaço estava “escondido de si próprio” e ficou “aprisionado de narrativas”.
O espaço foi alvo de confronto político entre oposição e executivo liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra sobre a mudança de nome e atribuição da programação à APBRA (a gestão continua a ser municipal) de um espaço que já teve um curador externo à autarquia no passado (António Vilhena, atual deputado municipal pelo PS).
“Gostaríamos de ter mais adesão”, admitiu José Manuel Diogo, realçando, no entanto, que a afluência apesar de não ser tão grande como a associação “gostaria que fosse”, será “maior do que era”.
Questionado pela agência Lusa sobre o número de pessoas que passaram pela Casa da Cidadania da Língua este ano, o responsável referiu que o espaço não tem, de momento, “mecanismos de contabilização” de público.
“Quero lançar o desafio para virem cá”, enfatizou, desafiando aqueles que criticam a fazer sugestões e participar na programação.
Para o presidente da APBRA, a casa “era invisível e hoje já não o é, mas ainda não pelas boas razões”, considerando que ainda é preciso fazer trabalho para garantir uma casa mais aberta e menos escondida da cidade.
Também o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, defendeu que o espaço deveria “deixar de ser objeto de arremesso político”.
O autarca ressaltou que a apresentação do relatório do primeiro semestre está alinhada com a filosofia de transparência da cidade, considerando que o escrutínio recebido pelo espaço é um estímulo para fazer mais e melhor.
Aquela casa “tem tudo para crescer e o crescimento passa pelo envolvimento de todos e de todas”, salientou.
Durante a conferência de imprensa, José Manuel Diogo referiu que o tema de 2025 para a programação da casa estará centrado na descolonização do património físico e intelectual.
O Slam Camões, em parceria com a Casa da Cidadania da Língua, tem o prazer de anunciar um evento especial que acontecerá em Julho. Com uma programação rica e variada, a edição deste mês trará ao público uma oficina de escrita criativa e um Poetry Slam, além da presença da DJ Amanda Dornelas.
Programação do Evento:
16h-18h: Oficina de Escrita “O Parágrafo que nos Cura” Conduzida pela renomada escritora e poeta Karen David, a oficina gratuita explorará como a poesia pode ser um meio de autocuidado, autoconhecimento e autorreflexão. Os participantes aprenderão técnicas para transformar suas emoções e experiências em poesia curativa.
18h: Leitura de “Os Lusíadas” – Canto IV Gonçalo Antunes realizará uma leitura envolvente do Canto IV de “Os Lusíadas”, oferecendo uma oportunidade única de apreciar a obra de Camões em um ambiente culturalmente rico.
19h30: Poetry Slam Com participação especial de Karen David, o Poetry Slam promete uma noite de muita emoção e talento. Karen, conhecida por seus trabalhos virais nas redes sociais e por transformar histórias de amor em poesia, trará ao palco sua obra “Tinha Perigo na Curva do Seu Sorriso”.
EM ON:
Karen David Karen David é uma escritora, poeta e comunicadora de 30 anos. Idealizadora do projeto “Correio Elegante” em forma de poesia, Karen utiliza suas redes sociais para transformar histórias pessoais em poemas tocantes. Com mais de 3 milhões de visualizações em suas postagens virais, ela é também autora do livro “Tinha Perigo na Curva do Seu Sorriso”.
Amanda Dornelas Amanda Dornelas é uma DJ brasileira radicada em Portugal. Apaixonada pela música, Amanda já se apresentou na Irlanda, Brasil e Portugal. Sua presença no Slam Camões promete trazer uma experiência sonora vibrante e multicultural.
José Manuel Diogo, Presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos, destacou a importância do evento: “O Slam Camões é uma celebração da cultura e da arte que une Portugal e Brasil. A presença de artistas como Karen David e Amanda Dornelas enriquece ainda mais este intercâmbio cultural.”
José Manuel Silva, Presidente da Câmara de Coimbra, comentou sobre a relevância do evento: “É com grande alegria que acolhemos mais uma edição do Slam Camões na Casa da Cidadania da Língua. Este evento é um reflexo do nosso compromisso com a promoção da cultura e da literatura.”
A Associação Portugal Brasil 200 Anos e o Município de Coimbra anunciam a abertura das inscrições para o Atelier de Escrita com o renomado escritor e jornalista brasileiro Tom Farias.
O atelier intitulado, “Como Construir uma Biografia”, ocorrerá no dia 13 de junho, na Casa da Cidadania da Língua, em Coimbra e tem duas partes, a primeira das 10 às 13 e a segunda das 15 às 18.
Tom Farias em Coimbra
Sobre Tom Farias
Tom Farias é amplamente reconhecido por sua habilidade excepcional em construir biografias detalhadas e envolventes. Com uma carreira premiada, Farias foi reconhecido pela Academia Brasileira de Letras e outras instituições, e foi duas vezes finalista do prestigiado Prêmio Jabuti – em 2009 e 2019. Entre seus 18 livros publicados, destacam-se as afrobiografias “José do Patrocínio: a pena da abolição” e “Carolina, uma biografia”, ambas premiadas. Além de suas biografias, Farias é autor de ensaios literários e romances, e é colunista semanal da Folha de S. Paulo. Ele também é membro imortal da Academia Carioca de Letras, ocupando a cadeira cujo patrono é Machado de Assis.
Tom Farias
Destaques do Atelier
Os participantes terão a oportunidade única de aprender com Tom Farias as técnicas e segredos de como construir uma biografia de sucesso. O atelier abordará desde a pesquisa inicial e a coleta de informações até a estruturação e a narrativa envolvente de uma biografia.
Ao final da oficina, haverá o sorteio de uma das obras do autor.
Local: Casa da Cidadania da Língua Rua Doutor João Jacinto, Coimbra
A participação é gratuita, mas as vagas são limitadas. Garanta já a sua inscrição e aproveite esta oportunidade única de aprender com um dos maiores biógrafos contemporâneos
A Associação Portugal Brasil 200 anos
A Associação Portugal Brasil 200 Anos é uma organização sem fins lucrativos dedicada à promoção da cultura e da língua portuguesa, através da realização de eventos e parcerias com agentes públicos e privados dos dois países.
Manuel Maria
Olá! Sou o assistente virtual da Casa da Cidadania da lingua, desenvolvido com tecnologia de inteligencia artificial. Como posso ajudar você hoje?