conhecimento interdisciplinar

 dança improvável entre disciplinas: desvendando a criação

Imagine um cenário onde um músico se une a um cientista para criar uma sinfonia inspirada em fenômenos astronômicos. Ou talvez um arquiteto trabalhando junto com um biólogo para projetar prédios ecológicos que imitam a estrutura das plantas. Essas são apenas algumas das muitas possibilidades que surgem quando diferentes disciplinas se encontram e colaboram entre si. A interdisciplinaridade nos permite explorar novos caminhos e abordagens, muitas vezes resultando em soluções criativas e inesperadas. Ao conectar conhecimentos e perspectivas distintas, podemos desvendar padrões ocultos e gerar insights que não seriam possíveis dentro de uma única disciplina.

Ao rompermos as barreiras das disciplinas tradicionais, nos deparamos com um mundo de imprevisibilidade e surpresa. A interdisciplinaridade nos desafia a questionar suposições e abraçar a incerteza como motor do conhecimento. Ao abrir nossas mentes para diferentes perspectivas e formas de pensar, somos capazes de criar conexões inovadoras e resolver problemas complexos. A imprevisibilidade nos impulsiona a explorar novas abordagens, experimentar e correr riscos, o que pode levar a avanços significativos em diversas áreas do conhecimento.

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Em resumo, a interdisciplinaridade nos permite abrir novas portas para a criação e descoberta. Ao unir diferentes disciplinas, ampliamos nosso entendimento do mundo e nos tornamos capazes de enfrentar desafios de forma mais eficaz. A dança improvável entre disciplinas nos leva a explorar o inesperado, a abraçar a imprevisibilidade como uma aliada na busca por conhecimento. Portanto, não tenhamos medo de ultrapassar as fronteiras do conhecimento estabelecido e abraçar a interdisciplinaridade como um caminho para a inovação. Afinal, é na imprevisibilidade da criação que encontramos as respostas mais surpreendentes.

A cidadania da língua já não é um conceito romântico

A Associação Portugal-Brasil 200 anos (APBRA) vai realizar na Rua João Jacinto, 8, em Coimbra, durante 10 dias, entre hoje e 2 de julho, o ‘Ciclo Cidadania da Língua’. O evento conta com a participação de nomes da cultura e literatura dos países de língua portuguesa, entre os quais a filósofa e escritora brasileira Djamila Ribeiro. Debates, palestras, conversas, performances e apresentação de obras fazem parte do programa, que pode ser consultado online em www.portugalbrasil200anos.org/ciclo-cidadania-da-lingua.

Passarão também por Coimbra o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos, e ainda personalidades como Yara Nakhanda Monteiro, escritora luso-angolana, Laurentino Gomes, historiador brasileiro, Rafael Gallo, vencedor do prémio Saramago, Andrea Nogueira, gerente do SESC São Paulo e Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, entre outros. Segundo a organização, é urgente o debate sobre “como a cultura se transforma em marca de território, a expansão de uma programação cultural em português, o lugar de fala, os trânsitos entre arte e literatura, os desafios da nova cidadania e o acesso à educação”. Além disso, o evento aborda a criação de um mercado de edição internacional e o futuro da literatura de língua portuguesa. A APBRA é uma associação não-governamental e sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento das relações humanas e económicas entre Portugal e o Brasil e à promoção da cultura e da língua portuguesas. São parceiros da APBRA o Senado Federal, o Instituto Camões, a Universidade de Coimbra, o Município de Coimbra, o Estado de Minas Gerais e o Ministério da Cultura de Portugal, entre outras organizações.

a primeira cidadania da língua

O Governo português tomou medidas inovadoras e disruptivas para facilitar a vinda de cidadãos brasileiros. E isso é muito bom porque Portugal precisa de imigrantes para inverter o envelhecimento do país.

A criação de um visto de maior duração (180 dias) que permite a entrada legal de imigrantes dos países de língua portuguesa em Portugal com o objetivo de “apenas” procurar trabalho é um verdadeiro convite para que os nossos irmãos brasileiros venham morar cá

A medida vem em muito boa hora e é boa resposta a uma operação de propaganda negativa que se gerou numa manhã de filas – propositadas ou espontâneas – que os agentes intervenientes nos assuntos aeroportuários, públicos e privados, causaram recentemente.

Porque o que é relevante sublinhar sobre o futuro das relações entre Portugal e o Brasil não são as filas de aeroportos momentâneas, mas sim as políticas de fundo que os portugueses pretendem implementar.

O Governo de Lisboa, antecipando questões impostas: pela nova realidade política de uma guerra prolongada na Ucrânia, por um lado; e a necessidade urgente de combater o risco demográfico que a nação lusa vive, por outro; são os pontos fulcrais onde se joga o futuro da relação entre Portugal, o Brasil e os outros países da CPLP.

Portugal precisa de boa imigração e de investimento, do Brasil e dos países de língua portuguesa, da mesma forma que o Brasil e os outros países precisam de uma porta de entrada para um mercado europeu.

O primeiro-ministro português sabe isso e vai lutar na União Europeia por um regime especial para os cidadãos dos países de língua portuguesa, tentando aprovar – ou pelo menos permitir – a criação de uma primeira “cidadania da língua” na história universal.

*Presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos

In JN